Fiquei muito feliz com os resultados. Com todas as dificuldades, o Festival aconteceu e repetiu a qualidade de sempre. Agradecemos aos participantes que prestigiaram. Isso prova que o Festival tem nome, apesar do prêmio pequeno. Gostei muito da música vencedora. Até parabenizo o corpo de jurados, pois apesar de ser lindíssima, é uma música difícil, de harmonia até mezzo profana, se considerarmos o cancioneiro brasileiro, feito de melodias e letras simples. Marinho San é um mestre e vem nos prestigiando há alguns anos. Nico, que ganhou o segundo lugar, veio no ano passado, encantou e encantou-se com a cidade. Retornou e faturou o segundo lugar, com justiça, mas poderia até ter vencido também que o prêmio ficaria em boas mãos. O terceiro lugar, também é um sujeito que está sempre vindo a Alvinópolis, um violeiro da melhor estirpe, o meu amigo Diorgem Jr. A melhor letra ficou com outro grande nome, que esteve no ano passado com a lindíssima Manifesto H20, o papa-festivais Walter Dias. E a melhor interpretação ficou para a banda local HARD CASE, que realmente tem uma qualidade de cair o queixo. Outros artistas merecem referência, mas estou falando à partir da audição da pré-seleção, já que não estive presente no festival em si. Mas como eu disse, valeu pra caramba. Importante registrar também as presenças monlevadenses no Festival. A Banda Derramasters e The Mistake se apresentaram, deixando excelente impressão. São as bandas da vez em Monlevade e devem evoluir e muito nos próximos anos. Só faltam se arriscarem mais nas composições próprias. Estiveram também presentes no juri, duas monlevadenses que sempre levantaram a bandeira da cultura: Andréa Abade, presidente da ACORDAR e Lutécia Espechit, agitadora cultura, poetiza, fotógrafa e sempre presente nos maiores shows e eventos culturais realizados no país. Muito nos honrou a presença dessa turma. E pra finalizar o texto, já chegaram comentários de que no ano que vem vai ter um super-festival, que não será apenas um "showzim no Nicks". Pois o SHOWZIM no Nicks foi esforço para não deixar morrer, de uma galera abnegada. O que podemos fazer se a prefeitura virou as costas para o festivall? Se acontecer um festival bacana no próximo ano, serei o primeiro a aplaudir. Ficarei muito feliz se isso acontecer. Baterei palmas e soltarei foguetes. O que importa é que aconteça e com muito brilho. O ultimo festival num governo do PMDB foi excelente, realizado na praça São Sebastião, tendo à frente da organização Mariãngela Repolês, minha mestra, a quem devo muito e jamais pagarei(rs). Se for ela na organização, com certeza será um Festival muito bacana. Se vierem shows grandes, se tiver mais investimento, melhor ainda. Esse ano, penso que tivemos o ato de grandeza de nos esforçar, com pouca verba, estrutura pequena, para não deixar que a peteca caísse, para não deixar principalmente os artistas jovens sem um evento tão esperado pela comunidade artística. O Festival, mesmo pequeno foi bacana e quem se envolveu, gostou. Quanto às provocaçõezinhas e perseguições pontuais, essas já não me afetam em nada. Fazem parte e nunca deixarão de existir. E que venha o 33º Festival. E viva Alvinópolis!!!
domingo, 16 de junho de 2013
Resenha Festival 2011
Sexta-feira - Noite do Rock
O Festival começou as 10:15 na sexta-feira. O Público foi muito bom, bem acima das expectativas. Se me perguntarem o que foi marcante na noite de sexta eu direi sem pensar: o Rock da galera. Foi uma noite de tirar o fôlego em que as bandas locais deram o tom, tocando com muita propriedade e levantando o público ao delírio. As bandas locais fizeram apresentações muito legais mesmo. É obvio que as apresentações dos concorrentes também foram sensacionais. Prova disso é que, o primeiro e segundo lugares saíram entre as que tocaram na sexta. Foi muito interessante o número de bandas femininas de rock no pedaço. Nem por isso os marmanjos deixaram a desejar. Tá dando gosto a qualidade da galera. Ah...e as famílias marcaram presença.
Sábado - noite da mpb, mágica e um clima pra lá de lúdico.
Mais ou menos por volta das 8 da noite, começou a soprar um vento de chuva. E eis que as aguas rolaram mesmo. O circo já estava armado, telão já passava os filminhos e tal. Parecia que seria um pancadão, mas a chuva perdurou. O telão teve de ser desmontando. Com isso, o interior do Nicks ficou hiperlotado. Fiquei até com medo de congestionar demais. Quando começaram as apresentações das músicas, eu estava espremido no balcão atrás do juri. Mas a chuva parou e tudo voltou |à normalidade. As músicas fluiam bem e o som funcionou bem melhor que na noite anterior. Um detalhe interessante que fez a diferença na noite, foi a presença de um moço, que vem frequentando o festival faz alguns anos: o mágico LEOPOLDO. O moço levou uma parafernária de objetos malucos, óculos, anteninhas coloridades, bombinhas track e velas especialmente trabalhadas para ocasião, um mimo só, com poesias e bandeiras de Alvinópolis, Minas Gerais e Brasil. Um sujeito inacreditável que já entrou pra história do nosso festival.
PRÊMIOS SURPRESA
O prêmio oferecido pelo patrocinador misterioso foi outro capítulo à parte. Foram 200,00 oferecidos para sortear entre os presentes. Eu até combinei de revelar o nome desse patrocinador, mas acabou que houve alguns contra-tempos. Mas vou revelar agora: o nome do Patrocinador misterioso é OLÁVIO CICARRINI, que foi gerente do Banco do Brasil em Alvinópolis. O Jovelino, dono da empresa Meioambiência, também patrocinou cr$ 200,00, para serem ofertados ao artista mais novos e o mais experiente do festival.
COMENTÁRIO SOBRE OS PREMIADOS
Nico - Foi contemplado com o prêmio de melhor interpretação. Em minha opinião, Nico compôs dois dos arranjos mais originais do Festival. Gostei muito da poesia de Borbolinda e principalmente do violão sincopado e com harmonia maravilhosa. O danado, com seu chapeu de coco e seu jeito diferente, conquistou a platéia e fez a alegria do público. No outro dia pela manhã segui para Belo Horizonte e quem é a pessoal que entra no ônibus? Ele, o grande Nico. Conversamos bastante e ele me contou que na realidade é Italiano, que morou na Argentina, mas que gosta mesmo é do Brasil.
Thulio Silveira - Alvinopolense que já foi elevado ao rol dos grandes músicos festivaleiros. Onde vai, tem sido agraciado com prêmios. Dinâmica vocal perfeita na interpretação competente do grupo e letra muito boa, prova disso que ganhou o prêmio de melhor letra.
Fábio Loyola - Fábio adotou Alvinópolis e tem vindo à nossa cidade há pelo menos 4 festivais. Melodista de mão cheia, cativou o público com a sua "saudades". O terceiro lugar fez justiça a um excelente compositor que tem uma relação muito bacana com a cidade.
Walter Dias - Eu já conhecia a música MANIFESTO H20, campeã em João Monlevade, letra lindíssima com uma mensagem pertinente, moderna, uma das melhores letras que ja vi em festivais.
Marcos Catarina - Já conhecia o trabalho do Marcos do Festiaço em João Monlevade. Mas naquela ocasião ele não tão feliz em sua apresentação. No caso de Alvinópolis, levou um pianista fenomenal e interpretou muito bem também, utilizando todo um arsenal de gestos e olhares. Aplaudidíssimo e merecido o prêmio. Ele não gosta que falem, mas é irmão do grande Vander Lee e da cantora Ivana Catarina, que também já faturou prêmio em Alvinópolis. Tem pedrigree o garoto.
A GALERA DO ROCK
Há alguns anos atrás, por percebermos o número de bandas de rock da cidade, instituímos dois prêmios especiais para o POP ROCK. Para este ano, não tivemos como, mas no próximo, retornaremos com premiações especiais para a categoria. Povinho rockeiro o nosso, graças a Deus.
DESTAQUES DE VÁRIAS CIDADES
ITABIRA
De Itabira vieram Saulo Campos e Luis Bira. Saulo, com uma letra maravilhosa, a Relíquia Americana, e Luis com a velha categoria e músicas muito inspiradas, uma delas do grande Nilton Baiandeira, que já venceu festival em Alvinópolis na década de 80. Assim como outras, mereciam até ser premiadas, tamanha a qualidade, mas infelizmente não temos como premiar todo mundo.
JOÃO MONLEVADE
De João Monlevade, tivemos o prazer de receber Bruno Leal e os Beatos, banda formada pela baixista Maria Cecília ( de apenas 14 anos), de André Freitas ( Com 16 anos) e de uma cantora ( me desculpem mas não anotei o nome). Se tivesse prêmio de melhor instrumentista, André levaria fácil. Debulhou a bateria. A música da banda também foi muito bem interpretada, ganhando a galera. Foi uma das músicas mais bem votadas. Não ganhou prêmio por muito pouco.
DE PONTE NOVA
Tivemos a honra de receber a turma da terra de João Bosco e Tunai. Ponte Nova andava meio ausente dos festivais alvinopolenses. A turma da Cibelli Ferraz mandou bem e também foi bem pontuada. Uma letra interessante e interpretação segura.
DE BH
Não vou me repetir falando dos caras que ganharam. Aliás, BH levou todos os prêmios. A capitar ganhou do interior. Mas teve mais gente boa. Que eu me lembro, foi a primeira vez que o festival teve a honra de receber Abner do Nascimento, uma figura presente em muitos festivais. Mas tivemos ainda a Banda Grave Tom, com apresentação muito boa. Tivemos também o grupo AMORA de PÉ. A música azul é muito interessante. Talvez a apresentação é que tenha sido um pouco tímida. Tivemos a interessantíssima Mundo Prozóico Lunar, tivemos a honra de receber também o cantor e compositor Taquinho de Minas, que veio contar a sua História de Negro.
Do Rio de Janeiro
Tivemos Márcia Terra, com a sua música "Sonhador" e o Italiano, carioca, argentino NICO, com suas letras de palavras inventadas ( Borbolinda) e arranjos de violão primorosos.
De Alvinópolis
Confirmações da qualidade, da evolução dos trabalhos. Thiago Santos foi de romantismo sertanejo, com Musa dos Meus sonhos. A banda Harefeyto estroou muito bem, mostrando firmeza e qualidade instrumental. A banda Últimas da Hora, também mostrou que o Rock feminino está em alta na cidade. Destaque para os riffs de guitarra. Gordo e os Alones levaram a galera ao Nirvana, com seu rock muito bem executado. Os carinhas tão tocando demais. Amanda, Maycon e Tiago também apresentaram muito bem a música Chuva, uma boa letra, mostrando que o pessoal está compondo bem mesmo. A banda Ponto Morto reapresentou a música classificada no Pré-festival. Apresentação correta. Túlio Silveira e turma confirmaram a qualidade, a dinâmica vocal, a boa mão pras letras. Juninho Alvarenga tocou sua música Mentes que não mentem, também classificada no Pré. Aliás, a apresentação no pré foi melhor.
FESTIVAL NO NICKS
Vendo pelo lado positivo, tivemos um clima aconchegante, o público prestou atenção, interagiu e isso foi muito bom. Por outro lado, teve horas em que o público estava conversando alto e até gritando durante as apresentações. O som do alarido se sobrepondo ao som dos músicos não é positivo. Porém o saldo é. Então, tudo certo. Para o ano que vem podemos e devemos sim ver a possibilidade de fazer o festival na praça, mas com estratégias para gerar interatividade e um clima aconchegante e de proximidade com os artistas.
ORÇAMENTO BAIXO, CRIATIVIDADE ALTA
Se neste ano faltou dinheiro, sobrou criatividade. Não me lembro de um festival com tanta inventação de moda, como diriam os avós. Teve sorteios de dinheiro para o público, mágica, velas temáticas, fantasias, acessórios coloridos e muita improvisação. Tudo nessa vida tem suas entresafras e penso que atravessamos a crise com ganhos. Fizemos o que classicamente se chama de transformar limões em limonada.
BIO EXTRATUS
A empresa de cosméticos foi a grande patrocinadora do Festival 2011. Primeiro, bancou sozinha o Pré-Festival e agora, colaborou de forma fundamental para que o 31º pudesse acontecer. Muito obrigado a todo o pessoal da BioExtratus que recebeu o Festival muito bem, em especia a Vera, à Silvana, ao pessoal da portaria, a turma de artistas, Junei, Maycon, Natália e Túlio, a todos pela cortesia. Sobre o Alessandro, esse merece um capítulo à parte.
PREFEITURA
A verdade é que juntamos uma turma e fizemos o festival no peito e na raça. Todo ano é a prefeitura que faz, mas o prefeito Galo Indio nos informou que estava difícil da prefeitura colaborar. Juntamos uma turma de pessoas que amam a cultura e corremos atrás do dinheiro pra viabilizar. Graças a Deus, muita gente ajudou. Na nora H a prefeitura disponibilizou um pequeno valor. Não dá pra entender como alguns políticos não tem apreço às tradições. Trata-se de um evento de custo baixo e muito tradicional. De qualquer forma, o importante é que o evento aconteceu com muito brilho.
OS JURADOS
De Alvinópolis tivemos a Maestrina Natália, que também é uma excelente música. Tive oportunidade de vê-la ensaiando e a menina realmente tem o dom. Luluth é um grande músico Alvinopolense, também vencedor em outros festivais. De Jovelino eu falo adiante. Lutécia é uma fortaleza cultural de João Monlevade, poetiza, fotógrafa(acaba de tirar o primeiro lugar no concurso fotográfico promovido pela Fundação Casa de Cultura de João Monlevade) e meu companheiro Gladevon, é o atual diretor da Fundação Casa de Cultura. Eu sou presidente lá, mas ele é o diretor executivo. Tenho grande facilidade em trabalhar com Devon, pois trata-se de um excelente executivo, de grande visão e excelente relacionamento no meio musical. Ele já trabalhou na Rádio Alternativa juntamente com Weber e Joãozinho. Valeu meus amigos.
COMPANHEIROS DE JORNADA
Alessandro é um dínamo para trabalhar, um cara que checa tudo, que discorda sem brigar, que tem sido uma fortaleza para que o festival aconteça. Sem ele, tenho certeza que o Festival deste ano não aconteceria. Em certos momentos, eu começava a desanimar e o Alessandro botava pilha nova. Outro companheiro é o Ronilson Bada. Bada é um ativista cultural dos mais resistentes e tem feito um bom trabalho de memorialismo em vídeo. Parceirão. Se Deus quiser, vamos fazer muitas coisas juntos ainda. Jovelino Carvalho é sem comentários. Um rocha bruta em defesa do festival. As vezes temos uns atritos, mas atrito de amigo sai faisca mas não queima.
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