Não me canso de dizer que o Festival de Alvinópolis foi a minha faculdade. Os diplomas, são os troféus que tenho na sala da minha casa em Alvinópolis e que meu pai e minha mãe orgulhosamente expuseram. Desde os primeiros festivais, assisti a quase todos . Só não fui ao primeiro, que aconteceu em 1976 quando eu ainda tinha 12 anos de idade. Foram anos e anos assistindo a fina flor da música mineira desfilando pelos palcos Alvinopolenses. Por incrível que pareça, a maioria ficou anônima, mas não tem problema. Na realidade, a história é feita pelos anônimos. Alguns, por questões que só alguém lá de cima pode explicar se destacam, mas mesmo os eleitos, tem de se espelhar em alguém. Artistas como Gil damata, Marco Holanda, Cristina Vale, Grupo Ave, Primo e Fanuel, Sergio Seidel e Carlos Gerson, Nilson Chaves, Bauxita, Milton Edilberto, Zé Beto entre outros não ficaram famosos por umas dessas fractais estradas do destino que não os conduziram ao tal lugar certo na hora certa. Mas nós Alvinopolenses tivemos a sorte de assistir a esses artistas fenomenais em sua melhor forma. Hoje vejo uma meninada muito nova montando bandas e participando. Isso me alegra e muito. Infelizmente os festivais não pipocam tanto pelo estado com nos idos anos 80, mas pelo menos em nossa pequena Alvinópolis ainda há espaço para os compositores novos, para as novas idéias, para a criatividade. Existem sempre aqueles que insistem em dizer que festival não traz voto e não levam grandes públicos. Mas será que tem de ser assim? Será que tudo nessa vida só vale se der dinheiro ou voto? Pois eu digo que realmente o festival não é pra grandes massas descerebradas. O festival é pros músicos, pros jovens afim de exercitar sua arte e para aqueles que tem paciência e mente aberta para ouvir novas canções, degustar boas letras, boas poesias. Agora, se você não se enquadra nesse perfil, tem trocentas cavalgadas, micaretas e outras festas lhe esperando todo final de semana em qualquer lugar.
Um comentário:
Marcos, fico muito orgulhoso por ser lembrado por VC...e tenho certeza que O Fanuel, tocando seu violão no céu, também assim está.....Ha alguns anos voltei pra Itabira, depois de rodar este Brasil. Hoje faço um trabalho com o Coral da Vale, dirigindo pelo excelente Grupo Ponto de Partida, ministrado pelos arranjo de Gilvan de Oliveira e Babaya...No próximo més lançaremos o primeiro CD..VC é convidado, abraços ...Primo
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