domingo, 31 de julho de 2016

RESENHA 36º FESTIVAL DA MÚSICA - EDIÇÃO LOCAL

Quem vê um festival doméstico, aparentemente pequeno, não faz ideia do trabalho de bastidores para que aconteça. É um trabalho invisível e quase solitário que só sabe quem faz. 

CRÍTICAS CONSTRUTIVAS

São sempre bem vidas. Ajudam o Festival a se renovar, revitalizar. As destrutivas não destroem. Se isso acontecesse, já não teríamos festivais há muito tempo.

QUANTOS ARTISTAS PASSARAM PELO PALCO?

Eu sou ruim de conta. Creio que entre 30 a 40 músicos passaram pelo celeiro. Isso não é pouco. E dá pra fazer uma lista enorme de artistas que não participaram. Alvipa tem músico pra caramba.

POLÊMICA - LOCAL DO PALCO NO CELEIRO

Muitos músicos entraram em contato com a produção solicitando que não fosse instalado no fundo, como sugerido, mas na parte da entrada do bar, onde vem sendo feitas as apresentações no celeiro. No ver dos artistas, a acústica naquele ponto é legal.

PROBLEMA COM O SOM

A sonorização chegou na cidade um dia antes, mas a equipe técnica chegou mais tarde no Celeiro e com isso a passagem de som ficou comprometida. As bandas começaram a passar som por volta das 18 horas. Nesse momento percebeu-se um problema daqueles. A bateria estava soando com tamanho volume, que foi preciso desligar todos os microfones. Mesmo assim o volume da bateria continuou abafando tudo. Foi aberta uma porta lateral e o som melhorou um pouco. Mas ainda assim o volume continuou alto. A saída pra amenizar o problema seria pedir os bateristas pra segurar a mão.Embora que pedir um batera para não tocar alto é como aconselhar um escorpião a não ferroar...

O PÚBLICO RECLAMOU DO VOLUME

Houve pessoas que me abordaram, até do próprio bar, reclamando que os clientes estavam reclamando da qualidade do som. Eu não podia fazer nada. A acústica não ajudava. Não sei o que se deu na reforma do bar. Não sei se foram as pedras. Os artistas relevaram e se superaram. Mas parte do público ficou incomodado e reclamou do volume. É algo para se refletir.

O JURI

Alphonsus Caldeira, Ana Therezinha, Edmundo, Jovelino e Thiago. Show de bola, total isenção e votação muito parecida. O resultado foi exatamente o que deu com concordância de todos.

ÓTIMO NÍVEL


Encruzilhada de Thayson Azevedo e Banda Paralello ficou em primeiro lugar, um blues rock de alta amperagem, com uma interpretação visceral do cantor e perfeita performance da banda. Muito profissa. Noite de Torpor, da banda Estorvo ficou em segundo lugar. A diferença de pontos foi mínima. O alto nível dos primeiros colocados é quase parelha. A primeira talvez ganhe na letra, mas a segunda talvez seja mais original no arranjo, com uma utilização interessante de sonoridades alternativas originais. A terceira colocada foi O mundo tá girando, de João Roberto Sobrinho. Uma bela música também muito bem pontuada. João tem vínculos com Alvinópolis, tendo passado sua infância nos Dias e em Alvinópolis, onde tem muitos parentes. A quarta colocada foi O ego e o ID, mas uma boa letra de Thulio Silveira, que faturou muitos prêmios nos últimos anos.

A 5ª Classificada foi a música SARAVÁ, de Maria Rita e Rogério Martino, uma música que conquistou pela letra forte e pela presença exótica da cantora. 


Ronildson inscreveu 3 músicas, mas não teve sorte. Eu fiquei surpreso com sua interpretação com voz aguda em falsete. Suas músicas ficaram numa situação intermediária, mas não o suficiente para se classificarem.
Letícia Lagares foi bem, mas teve mais uma vez problemas com o som no início da interpretação. Tocaram um baiãozinho de letra singela e melodia suave. Teve de parar e começar de novo. Não sei até que ponto foi prejudicada pelo som. Foi bem pontuada mas não o suficiente para se classificar.
Gostei também da música do Thales. Gostei do cantor e da música. Deu a louca de Vicente e Gilcimar já foi numa linha mais popular, diferente do tom do festival, que foi mais engajado. Mas todas canções muito boas e representam um painel do imaginário alvinopolense de 2016.

ALGUMAS FICARAM DE FORA

Algumas canções nos foram enviadas, mas não conseguimos arranjadores e cantores para interpretar. Muitos artistas namoravam, diziam que estavam finalizando as músicas, mas no final preferiram não participar. A gente respeita. Quem sabe no nacional?

SIDNEY RIBEIRO - NOTA 10

Ele é a voz de Alvipa. Ele me falou algo que eu nem imaginava. Foi apresentador em mais de 15 festivais de Alvinópolis. Já faz parte da história.

BATISMO NO FESTIVAL

Alessandro recebeu uma carta mensagem muito especial de um artista alvinopolense que queria apresentar-se no Festival. O nome do artista é André. Ele é um garoto que vem de uma família muito musical. Tá no sangue o negócio. Ele abriu o festival, mandou 3 músicas. O pessoal pediu e ele tocou mais uma. Aprovado por todos. Que o André seja bem vindo na comunidade artística alvinopolense.

DINOSSAUROS PRESENTES

Ana Therezinha, Edmundo, Marcos Martino, Jovelino e Marcelo Xuxa. Eu comecei a acompanhar a partir do segundo. Talvez só Ana e Edmundo tenham estado presentes no primeiro também...

Nada aconteceria não fossem eles

Agradecemos aos patrocinadores e colaboradores. Acia, Cia Fabril Mascarenhas, Cooperativa dos Produtores Rurais, Opção Calçados, Loja da Dona Mariinha, Stillus Design, Hotel São Geraldo.

Pessoas que merecem citação

Alessandro Magno, pela dedicação esses anos todos e por disponibilizar seu celeiro pra arte alvinopolense. Jovelino Carvalho, pela disponibilidade de sempre. Sidney Resende que esteve presente em mais de 15 festivais. Ana Paula Carvalho pela dedicação, junto com todo o pessoal da Acia, do presidente, da Laura, do Magela, de todos. Do Vicente, Secretário de Cultura, sempre atencioso e assertivo, ao Josué e ao Jucirley pelo entusiasmo, a Hirtes que se prontificou imediatamente a colaborar para mantermos acesa a chama do Festival, ao Marinho da Cia, sempre solícito, a Cooperativa na figura do Ledes Cota, que também sempre fizeram questão de ajudar no festival, ao pessoal da cerveja artesanal Botocudos, a Stillys Design pelo belo banner, aos jurados por dedicarem seu tempo a colaborar com a música alvinopolense, a equipe Celeiro pela paciência e pela disponibilidade. 

AGORA É O FESTIVAL NACIONAL

A data é outubro. 07,08 e 09 - mais notícias a qualquer momento...

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