segunda-feira, 28 de julho de 2014

RESENHA - FINAL DO FESTIVAL



E a Chuvinha continuou o dia inteiro.

Como diz meu pai, senhor Antônio Carvalho, o môio caiu quase o dia inteiro. Mas a tenda tava lá. Debaixo da tenda o calor humano aqueceria todo mundo.

A 381 atacou de novo.

Não tem jeito com a nossa Rodomorte. Não dá pra planejar viagem alguma. A Orquestra sinfônica de Nova Lima ficou garrada por um tempão e com isso...atraso no inicio do festival. Ai, ai, ai.

Banda Santo Antônio no palco.

Pelo menos pra mim foi especial a apresentação da nossa bandinha centenária. Quando cheguei a praça o pessoal tocou INTERIOR. Emoção pra caramba. Quando uma banda da cidade chega a executar uma obra sua, você vê que deixou alguma pegada nesse mundo. 

A orquestra foi sensacional

Que show especialíssimo para Alvinópolis. Valeu à pena a espera. 

O Festival de Clips

Paralelo ao Festival de músicas, fizemos um Festival de Clips e teríamos de exibir os 10 melhores para votação do corpo de jurados. E não foi fácil. Tivemos dificuldades para resolvermos algumas questões técnicas e conseguimos ligar o equipamento quase na hora de anunciar o primeiro clip. 

VIDEO CASSETADA

Quando a locutora Vanessa anunciou o primeiro clip, aconteceu uma cena patética. Um bêbado apareceu não sei de onde, tropeçou e saiu derrubando o telão e catando cavaco. Depois de um tempo, conseguimos remontar o telão e começaram os dois festivais ao mesmo tempo: de música e de clips.

AS MÚSICAS DO FESTIVAL

Final é um trem danado. A gente ouve as músicas e pensa: essa merece um prêmio. O problema é que tem muitas que merecem prêmio...e só tem 4 pra distribuir. Achei as apresentações nas finais mais frias que nas classificatórias. Menos do grupo Djambé, que foi mais quente que na semifinal. Mas falando das apresentações, gostei muito do grupo vocal de Itabira. O som na hora deles tava perfeito. Gostei bastante também de Efrahim Maia com seu Girassol. Josué Paglioto de Barra Longa também mandou muito bem. Mário Emilio e Regional Mineiro pra foram até melhores que na classificação. O som tava mais equilibrado.Os Grupos Paralelo e Estorvo de Alvinópolis fizeram um grande festival também, embora eu tenha ficado com a impressão de que foram mais "quentes" na semifinal. Foi como se o Djambé tivesse guardado fôlego para a prorrogação. O moço de Fortaleza também se superou e conseguiu entrar no G4 com méritos. 

O RESULTADO

Cada um vai ter seu resultado na cabeça. Mas o juri é soberano e o resultado foi a somatória das sensibilidades de várias pessoas que lidam com música e com arte. Se houvesse um jurado diferente, talvez houvesse até mudança de uma ou outra posição, mas nada de tão significativo assim.

O SOM

Foi ruim para todos. O equipamento foi bom, mas o tratamento dado aos músicos foi muito ruim e a mixagem dos instrumentos catastrófica. As prefeituras licitam e as empresas listam o que vão levar em termos de equipamento. Mas e os técnicos? Se não forem bons, levam todo mundo pro buraco. Mas convenhamos. Já tivemos sons piores. Teve um ano em que a prefeitura contratou um som e veio outro sublocado de Ipatinga. Cada música para começar a se apresentar, levava de 40 minutos a 1 hora. Se compararmos com esse ano de que falo, este ano foi bom até demais. 

CLIPS MUITO BONS

Não tive feedbacks sobre os clips apresentados. Pra mim, trabalhos excelentes, mostra da criatividade dos produtores nacionais. Vimos que algumas coisas não funcionaram, coisas pra revermos para o próximo ano. Não funcionou exibir os clips nos intervalos das músicas. Alguns músicos se preparavam mais rápido que os outros e tinham de ficar no palco aguardando a vez de tocar. Por sua vez, os músicos também invadiam o som dos clips passando seu som. 

CLIP POLÊMICO

Um dos clips causou grande polêmica. Tratava de uma forma poética de um flerte entre duas meninas. Houve quem se exaltasse, querendo impedir a exibição do clip, alegando que atentava contra os bons costumes, etc. Uai...nas novelas da Globo não pode? E não deveria ser a arte um canal para combater o preconceito e a xenofobia? 


O PÚBLICO E O CLIMA POSITIVO

Debaixo da tenda muita gente boa reunida, famílias tradicionais, gente de toda monta. O clima foi muito gostoso. Foi bom abraçar tanta gente boa. Assim como no Feito em Casa, várias gerações se sucedendo. Teve os Morcegos, seresta, Verde Terra com seus públicos de gerações passadas. Teve a turma jovem também. Parece que os Alvinopolenses estão gostando muito da convivência e voltando a terrinha com mais frequência. 

PESSOAS QUE FIZERAM O FESTIVAL

Não poderia deixar de citar algumas pessoas que foram fundamentais para que o festival acontecesse. Em primeiro lugar o Marcelo Xuxa, que foi o coordenador. Depois a Luciene, secretária de cultura, que deu o suporte. Depois o Alessandro Magno, que deu suporte na internet e durante todo o evento. Depois a Wanessa Viana e Sidney Ribeiro, que conduziram uma verdadeira maratona e terão de ficar sem falar agora por uns 2 meses ( brincadeira), também ao Rafael Felício( Rafilsk)que fez o site do festival e a nova logomarca, a toda a equipe Bio Extratus, que se esmerou na montagem da tenda e da estrutura e ainda disponibilizou diversas atrações. 


ANO QUE VEM - FESTIVAL 35 ANOS - MAIS UM MARCO HISTÓRICO

Seja como for estaremos juntos. Alvipa é nossa pátria. Um abraço a todos...


domingo, 27 de julho de 2014

RESENHA SEGUNDA NOITE FESTIVAL

DEBAIXO DO COBERTOR

Chuvinha miúda e frio. Ideal pra ficar debaixo do cobertor. Pois assim foi o festival no segundo dia: a tenda montada pela Bioextratus foi o cobertor.

ATRASOS

As coisas atrasaram um pouco. Foram muitas atrações para serem programadas num espaço de tempo mínimo. O problema é que entre uma apresentação e outra ocorre um grande tempo também para desmontagem de equipamento preparação de cada apresentação. Isso somado, gera atrasos mesmo.

SHOWS DA BIO EXTRATUS

A qualidade é uma marca de tudo que a empresa faz. Apresentação muito boa, com muitos adereços, tudo muito bonito. Um belo trabalho que realmente merece todos os aplauso. 

OS MORCEGOS

Depois veio o show dos morcegos. Fizeram um pequeno baile para o pessoal. Achei que dessa vez a banda foi um pouco mais tímida que no show do Feito em Casa. Havia também a questão do som, que não foi boa pra ninguém. 

SERESTA

Depois veio a turma da seresta que também mandou muito bem. Muitos casais dançando sambas imortais.

VERDE TERRA

A programação estava bastante atrasada e os participantes faziam pressão para que o festival começasse. Eu vi a situação e até propus que o Verde Terra nem tocasse, pra não atrapalhar a festa. A turma da organização insistia que tocássemos sim. Eu via o lado do Verde Terra mas também do festival. Havia uma tensão. Propus então que só tocássemos 5 músicas e assim foi combinado. Quando subimos ao palco para nos prepararmos, mais pressão. O Sidney locutor foi o único que concordou quando propus de não tocarmos. No palco também, ele tava doido pra abrir a cortina. A gente vai somatizando as coisas. Não tivemos tempo de preparar as coisas direito no palco, nem de conferir as afinações. Entramos tocando do jeito que deu e na primeira música já vi que o meu violão estava muito desafinado. Eu não iria parar o show pra afinar o violão à aquela altura. Até tentei afinar durante a apresentação, mas olhei pro Roger e ele também percebeu o drama. O retorno estava horrível. Abandonei o violão e tocamos as outras 4 músicas apenas com o violão do Roger harmonizando e o Manoel no baixo. Foi bacana a emoção de algumas pessoas na frente e fundamental o corinho das pessoas cantando com a gente. Compensou a qualidade que faltou no palco.

O FESTIVAL

Logo após a apresentação, fui em  casa com o Rogerio pra ajudá-lo a levar os instrumentos. Quando retornamos, várias músicas já haviam sido apresentadas. Tive tempo de ver o Estorvo e Djambé. Depois veio a lista dos classificados e muita comemoração pelo pessoal. Nível bacana. Crescente qualidade da turma que faz música em Alvinópolis. Muito bom de ver..

LEGAL O SHOW COM A MARCELA

Ela preparou um repertório só de músicas conhecidas e mandou muito bem. A galera adorou.

SOM DEIXOU A DESEJAR - PARA TODOS

A gente não conseguia entender a letra nem quando era só de violão e voz. Alguns tiveram sorte e conseguiram um som melhor, mas no geral, muito ruim. A questão nem era do equipamento em si, mas do atendimento. Os técnicos pareciam saber muito mais que todo mundo, mas não conseguiam acertar o som, principalmente na frente, onde as pessoas mais se concentravam. Quem é leigo em música nem percebe. Mas pra quem é do ramo, não é nada agradável. A organização não tem a mínima culpa nessa questão. Som acaba sendo uma loteria. As empresas vencem as licitações e a organização tem de acatar o que for possível. De qualquer maneira, apenas um comentário de um chato, pois a percepção geral é de que foi bacana.

SAMBA ATÉ O DIA AMANHECER

No bar do Dolfo a turma ia emendando uma música na outra. Só bambas fazendo samba de muita qualidade, graças a Mario Emílio e cia. Fundo musical dos finais de noite e inicio de dia...

sábado, 26 de julho de 2014

RESENHA - 1º DIA FESTIVAL e FESTA DA CHITA



BRRRRRRRRRRRRRRRR

No mês de julho não poderia faltar o frio e ele veio com força. Mas ninguém ligou. Muito pelo contrário. compôs o clima.

NÍVEL MUSICAL EXCELENTE PARA UMA SEXTA-FEIRA

Geralmente a sexta é aquele dia do festival que tem público menor e com um nível musical um pouco inferior. Não foi o que se viu dessa vez. A voz geral é de que foi uma das melhores sextas-feiras em muitos festivais. Muito bom o nível.

SHOW DA COISA NOSTRA

Que maravilha e que orgulho termos um show de tamanha qualidade em nosso Festival. O show do Coisa Nostra é uma verdadeira aula. Não encontro paralelo no Rock Brasileiro para o que faz essa troupe de Recife. Nunca vi tanto cuidado com figurino, com a decoração do palco, com o protagonismo de todos os integrantes. Todos tocam, todos ajudam em tudo, todos atuam. Foi muito bacana observar o brilho nos olhos dos músicos alvinopolenses vendo o show dos "mafiosos". Muita gente no local não entendeu nada, afinal, os ouvidos gerais vem sendo educados ( ou deseducados) com a música pop sertaneja de uma forma avassaladora e não tem havido espaço para outros estilos. Mas mesmo quem não entendeu nada pode até ter boiado, mas não dá pra negar que ali tem uma coisa diferente. Que não é simplesmente uma bandinha de baixo, guitarra, bateria e vocal tocando. O Coisa Nostra é muito mais. Só um detalhe. Precisam anexar a equipe um técnico de som que conheça o som da banda. Digo isso mesmo sabendo que de certa forma estou sendo injusto. Acompanhei a desmontagem do palco da banda. Eles carregam uma parafernália que deve pesar algumas toneladas. Eles mesmos pegam no pesado, desmontam e carregam tudo para a van que utilizam para viajar pelo país. Imagino que deve ser mais cansativo montar e desmontar o palco do que fazer o show. 

SONORIZAÇÃO NÃO FOI LEGAL

O som da banda não ficou perfeito. Percebi que não estava dando pra entender as letras das músicas da banda. Até tentei argumentar com o moço do som, mas percebi que ele não gostou. Até entendo a situação. Se ficar obedecendo a todos os pedidos feitos, vira um samba do crioulo doido. Ele também não me conhecia ou reconhecia como alguém ligado na organização. Ele naquele momento me disse e até concordei, que o microfone da vocalista tinha essa característica. A voz ficava um pouco velada, com muitos médios. Só que na hora da apresentação dos outros grupos, com os microfones convencionais, continuamos a ter problemas com o som. Mas a partir daí, parei de dar pitacos na questão do som, pois percebi que poderia ser pior e criar uma má vontade do cara do som para com o evento e com má vontade fica muito pior.

APRESENTAÇÕES

Sinto muito mas não sei o nome de todos, então vou falar sem me preocupar com as minúcias. Gostei bastante da primeira música a se apresentar, de um grupo vocal se não me engano de Itabira. Mas infelizmente a apresentação foi um pouco prejudicada pela sonorização. Vocal embolado na frente. A banda de Thulio Silveira foi muito bem. Interpretação impecável e som na medida. Emerson Jr de João Monlevade já não teve a mesma sorte com o som. A voz dele ficou o tempo inteiro eclipsada pela guitarra alta.Josué, de Barra Longa saiu-se bem. Só violão, voz e gaita. Fácil de equalizar.  A banda de Lagoa Santa de Alê Magalhães foi bem também. O som ficou mais redondo na frente. Mário Emílio levou bem a sua composição. Trouxe um regional da pesada para acompanhá-lo. Mas na frente só tinha voz, bandolim e surdão. Os outros instrumentos não apareceram. Não sei por que microfonar um reco-reco e o som não sair na frente. Não deu pra ouvir o 7 cordas, o violão, etc. Mas o pessoal gostou da interpretação. Thaysson Azevedo e a banda Paralela se saiu muito bem. Começou a apresentação de forma insegura. Alguma coisa não estava funcionando. Teve sangue frio para interromper a apresentação, pedir uma correção no retorno da bateria e retornou para fazer uma apresentação muito boa.Nota 10. As meninas alvinopolenses também se saíram bem. Assim como no pré-festival, se apresentaram sem medo e arrasaram. O único senão é que faltou óculos para a baterista. Todas estavam oculadas.

DECORAÇÃO

Achei que dessa vez a decoração da festa da chita não teve o mesmo brilho dos anos anteriores. Parece-me que a carga de trabalhos foi muito grande e a chuva também pegou o pessoal de surpresa, fazendo com que não fosse possível fazer tudo que foi pensado. De qualquer maneira, a tenda da BIO EXTRATUS, ligada ao palco e muito bem montada tá fazendo a diferença. Formou-se um clima muito aconchegante debaixo daquela tenda, onde a interação do público, do juri e dos participantes no palco na praça estão fazendo a diferença.

VALOROSOS HERÓIS

Luciene, Marcelo Xuxa, Alessandro, Vanessa, Sidney Ribeiro, Letícia, são os abnegados da vez. Como trabalha esse pessoal

CORPO DE JURADOS

Algumas novidades pra mim os dois representantes da Fundação Bio Extratus, que me foram apresentados mas não decorei o nome (sou péssimo nisso). Também meu amigo Vanderlei Lourenço, de uma prosa infinita ( foi boa a conversa com a turma de Recife para sabermos quem é o tal Eduardo Campos).Tinha o Cirano também, que  conheci a pouco tempos e do qual se fala maravilhas como músico. Quero ouvi-lo tocar em breve. Teve também o jovem poeta Pablo Rosa, filho do amigo Rogério Rosa. Pablo tem a quem puxar. Rogério é um dos maiores provocadores da net. E teve também meu chegado Carlim Crepalde Poverá. Um belo corpo de jurados.

E O SÁBADO?

...


segunda-feira, 21 de julho de 2014

RESENHA SEMANA CULTURAL E PRÉ FESTIVAL(I)


SÁBADO - DIA 19 

O público foi menor do que se esperava no encontro dos motociclistas. Muitos shows na região com artistas famosos, cavalgada em Sem Peixe, festa pra todo lado dividindo o público. Mas a banda Wisck Blues agradou bastante e o herói Marquinhos Mirage fez um verdadeiro baile pop rock acompanhado de uma banda pré-gravada. Ele tem um set com clássicos do rock, bota os playbacks pra tocar e desce a lenha com sua guitarra. A estrutura ficou bacana. A Bio Extratus disponibilizou uma tenda grande que fica ligada ao palco. Ao fundo, uma fotografia gigante da fachada da casa onde funciona a Fundação Bio Extratus, um casarão lindamente preservado. A ligação com a tenda criou um ambiente muito legal ali também, onde a atenção fica concentrada no Festival. A sonorização de Itabira já agradou no Feito em Casa e mais uma vez agradou pela cortesia no trato com o pessoal. Faltou apenas uma mesa de retorno para evitar alguns problemas que aconteceram.Não assisti a todos os shows pois a atenção da gente fica dispersa ao nos encontrar com tantas pessoas. Chamou muito a atenção também a exposição de Arte Poverá do meu amigo Carlim Crepalde. As obras do nosso Gipão desafiavam a imaginação de adultos, crianças...e das crianças que existem nos adultos também. Muito legal mesmo.

DOMINGO - DIA 20 - Pré-Festival


Quem mora na rua de cima ouve músicas que vem de todos os lados. Tem a batucada da Bio Extratus ensaiando na Pracinha Padre João Bosco, tem os lindos cânticos religiosos que vem da igreja n s do Rosário e tem as bandas dos alunos e ex alunos de Rogério ensaiando. Foi assim que passei o final de semana na rua de cima. Mas a noite do Pré-festival foi muito bacana. Aliás, já começou à tarde, quando teve um grupo tocando sertanejo de raiz e agradou bastante. Ai foi chegando a hora dos shows e do festival. Foi chamado ao Palco Laercio Silvano e Clara Resende. Até agora não entendi bem se Clara Resente é nome artístico da cantora Anna Clara. Sei que ela subiu ao palco e fez um show com o Laércio Silvano. Algumas pessoas na plateia em princípio ficaram impacientes, pois achavam que Laércio iria tocar alguma coisa pra elas dançarem. Só depois foram entendendo que o show era da menina. E ela canta bem. Afinadíssima e com um swing,  com um senso rítmico apurado. Com o tempo vai se soltar um pouco mais, vai aprender a utilizar os braços, a expressão, a vencer a timidez e olhar o público de frente. Depois tivemos o início do Festival e pra começar, uma trupe de meninas que não teve nenhum medo do palco. Subiram, botaram banca, a baixista com a maior panca, indo pra cima. Depois tivemos o Túlio e Maycon esbanjando categoria em uma música mais no formato MPB e outra mais Rock( segundo Alessandro me confidenciou, o Fator Alma está de volta). Ai veio a apresentação de uma menina moreninha que eu vi ensaiando lá em casa e que canta muito afinado. A apresentação foi correta. Ela cantou afinado e tudo. Mas estava visivelmente tímida e contida no palco. Além do mais, a guitarra ficou alta  e deu uma eclipsada na voz dela. A apresentação da banda Estorvo foi sensacional e surpreendente. Eu já havia ouvido o ensaio da banda no Porão 71. Já havia sentido a evolução dos músicos. O Vitor é criativo como guitarrista, tira uns sons bem diferentes. O Ícaro é um baixista firme, uma pilastra, como um bom baixista tem de ser. Os dois estão agulhados. O Batera é o britador da banda e tem uma variação sonora interessante. Eu já havia ouvido lá em casa e pensado: essa banda tem uma coisa diferente. Esse vocalista canta diferente. Pois é. Mas ao vivo foi ainda melhor. A performance do Leo vocalista, sem medo do público, cantando com expressão e dramaticidade foi muito legal. Quem tava comigo na hora era Lutécia , que também é fã da banda. Arrasaram. Depois da apresentação do Estorvo, foi a vez de Tatty Coura se apresentar, mas ela foi prejudicada por um detalhe. O piano ficou alto em grande parte da apresentação, fazendo com que a voz dela sumisse. A mesa estava longe do palco e o pessoal do som demorou a perceber que volume estava no retorno e não no PA. Mas quando conseguiu abaixar o som, grande parte da música já havia sido executada. De qualquer maneira, valeu. Parabéns à Luciene e ao pessoal da prefeitura pela revolução cultural que está promovendo na cidade. Um belo começo e que tenhamos a nossa cultura cada vez mais valorizada.