No mês de julho não poderia faltar o frio e ele veio com força. Mas ninguém ligou. Muito pelo contrário. compôs o clima.
NÍVEL MUSICAL EXCELENTE PARA UMA SEXTA-FEIRA
Geralmente a sexta é aquele dia do festival que tem público menor e com um nível musical um pouco inferior. Não foi o que se viu dessa vez. A voz geral é de que foi uma das melhores sextas-feiras em muitos festivais. Muito bom o nível.
SHOW DA COISA NOSTRA
Que maravilha e que orgulho termos um show de tamanha qualidade em nosso Festival. O show do Coisa Nostra é uma verdadeira aula. Não encontro paralelo no Rock Brasileiro para o que faz essa troupe de Recife. Nunca vi tanto cuidado com figurino, com a decoração do palco, com o protagonismo de todos os integrantes. Todos tocam, todos ajudam em tudo, todos atuam. Foi muito bacana observar o brilho nos olhos dos músicos alvinopolenses vendo o show dos "mafiosos". Muita gente no local não entendeu nada, afinal, os ouvidos gerais vem sendo educados ( ou deseducados) com a música pop sertaneja de uma forma avassaladora e não tem havido espaço para outros estilos. Mas mesmo quem não entendeu nada pode até ter boiado, mas não dá pra negar que ali tem uma coisa diferente. Que não é simplesmente uma bandinha de baixo, guitarra, bateria e vocal tocando. O Coisa Nostra é muito mais. Só um detalhe. Precisam anexar a equipe um técnico de som que conheça o som da banda. Digo isso mesmo sabendo que de certa forma estou sendo injusto. Acompanhei a desmontagem do palco da banda. Eles carregam uma parafernália que deve pesar algumas toneladas. Eles mesmos pegam no pesado, desmontam e carregam tudo para a van que utilizam para viajar pelo país. Imagino que deve ser mais cansativo montar e desmontar o palco do que fazer o show.
SONORIZAÇÃO NÃO FOI LEGAL
O som da banda não ficou perfeito. Percebi que não estava dando pra entender as letras das músicas da banda. Até tentei argumentar com o moço do som, mas percebi que ele não gostou. Até entendo a situação. Se ficar obedecendo a todos os pedidos feitos, vira um samba do crioulo doido. Ele também não me conhecia ou reconhecia como alguém ligado na organização. Ele naquele momento me disse e até concordei, que o microfone da vocalista tinha essa característica. A voz ficava um pouco velada, com muitos médios. Só que na hora da apresentação dos outros grupos, com os microfones convencionais, continuamos a ter problemas com o som. Mas a partir daí, parei de dar pitacos na questão do som, pois percebi que poderia ser pior e criar uma má vontade do cara do som para com o evento e com má vontade fica muito pior.
APRESENTAÇÕES
Sinto muito mas não sei o nome de todos, então vou falar sem me preocupar com as minúcias. Gostei bastante da primeira música a se apresentar, de um grupo vocal se não me engano de Itabira. Mas infelizmente a apresentação foi um pouco prejudicada pela sonorização. Vocal embolado na frente. A banda de Thulio Silveira foi muito bem. Interpretação impecável e som na medida. Emerson Jr de João Monlevade já não teve a mesma sorte com o som. A voz dele ficou o tempo inteiro eclipsada pela guitarra alta.Josué, de Barra Longa saiu-se bem. Só violão, voz e gaita. Fácil de equalizar. A banda de Lagoa Santa de Alê Magalhães foi bem também. O som ficou mais redondo na frente. Mário Emílio levou bem a sua composição. Trouxe um regional da pesada para acompanhá-lo. Mas na frente só tinha voz, bandolim e surdão. Os outros instrumentos não apareceram. Não sei por que microfonar um reco-reco e o som não sair na frente. Não deu pra ouvir o 7 cordas, o violão, etc. Mas o pessoal gostou da interpretação. Thaysson Azevedo e a banda Paralela se saiu muito bem. Começou a apresentação de forma insegura. Alguma coisa não estava funcionando. Teve sangue frio para interromper a apresentação, pedir uma correção no retorno da bateria e retornou para fazer uma apresentação muito boa.Nota 10. As meninas alvinopolenses também se saíram bem. Assim como no pré-festival, se apresentaram sem medo e arrasaram. O único senão é que faltou óculos para a baterista. Todas estavam oculadas.
DECORAÇÃO
Achei que dessa vez a decoração da festa da chita não teve o mesmo brilho dos anos anteriores. Parece-me que a carga de trabalhos foi muito grande e a chuva também pegou o pessoal de surpresa, fazendo com que não fosse possível fazer tudo que foi pensado. De qualquer maneira, a tenda da BIO EXTRATUS, ligada ao palco e muito bem montada tá fazendo a diferença. Formou-se um clima muito aconchegante debaixo daquela tenda, onde a interação do público, do juri e dos participantes no palco na praça estão fazendo a diferença.
VALOROSOS HERÓIS
Luciene, Marcelo Xuxa, Alessandro, Vanessa, Sidney Ribeiro, Letícia, são os abnegados da vez. Como trabalha esse pessoal
CORPO DE JURADOS
Algumas novidades pra mim os dois representantes da Fundação Bio Extratus, que me foram apresentados mas não decorei o nome (sou péssimo nisso). Também meu amigo Vanderlei Lourenço, de uma prosa infinita ( foi boa a conversa com a turma de Recife para sabermos quem é o tal Eduardo Campos).Tinha o Cirano também, que conheci a pouco tempos e do qual se fala maravilhas como músico. Quero ouvi-lo tocar em breve. Teve também o jovem poeta Pablo Rosa, filho do amigo Rogério Rosa. Pablo tem a quem puxar. Rogério é um dos maiores provocadores da net. E teve também meu chegado Carlim Crepalde Poverá. Um belo corpo de jurados.
E O SÁBADO?
...
Nenhum comentário:
Postar um comentário