SÁBADO - DIA 19
O público foi menor do que se
esperava no encontro dos motociclistas. Muitos shows na região com artistas
famosos, cavalgada em Sem Peixe, festa pra todo lado dividindo o público. Mas a
banda Wisck Blues agradou bastante e o herói Marquinhos Mirage fez um verdadeiro
baile pop rock acompanhado de uma banda pré-gravada. Ele tem um set com
clássicos do rock, bota os playbacks pra tocar e desce a lenha com sua
guitarra. A estrutura ficou bacana. A Bio Extratus disponibilizou uma tenda
grande que fica ligada ao palco. Ao fundo, uma fotografia gigante da fachada da
casa onde funciona a Fundação Bio Extratus, um casarão lindamente preservado. A
ligação com a tenda criou um ambiente muito legal ali também, onde a atenção
fica concentrada no Festival. A sonorização de Itabira já agradou no Feito em
Casa e mais uma vez agradou pela cortesia no trato com o pessoal. Faltou apenas uma mesa de retorno para evitar alguns problemas que aconteceram.Não assisti a
todos os shows pois a atenção da gente fica dispersa ao nos encontrar com
tantas pessoas. Chamou muito a atenção também a exposição de Arte Poverá do meu
amigo Carlim Crepalde. As obras do nosso Gipão desafiavam a imaginação de
adultos, crianças...e das crianças que existem nos adultos também. Muito legal
mesmo.
DOMINGO - DIA 20 - Pré-Festival
Quem mora na rua de cima ouve músicas que vem de todos os lados. Tem a batucada da Bio Extratus ensaiando na
Pracinha Padre João Bosco, tem os lindos cânticos religiosos que vem da igreja
n s do Rosário e tem as bandas dos alunos e ex alunos de Rogério ensaiando. Foi assim que passei o final de semana na rua de cima. Mas
a noite do Pré-festival foi muito bacana. Aliás, já começou à tarde, quando
teve um grupo tocando sertanejo de raiz e agradou bastante. Ai foi chegando a
hora dos shows e do festival. Foi chamado ao Palco Laercio Silvano e Clara
Resende. Até agora não entendi bem se Clara Resente é nome artístico da cantora
Anna Clara. Sei que ela subiu ao palco e fez um show com o Laércio Silvano.
Algumas pessoas na plateia em princípio ficaram impacientes, pois achavam que
Laércio iria tocar alguma coisa pra elas dançarem. Só depois foram entendendo
que o show era da menina. E ela canta bem. Afinadíssima e com um swing, com um senso rítmico apurado. Com o tempo vai
se soltar um pouco mais, vai aprender a utilizar os braços, a expressão, a
vencer a timidez e olhar o público de frente. Depois tivemos o início do
Festival e pra começar, uma trupe de meninas que não teve nenhum medo do palco.
Subiram, botaram banca, a baixista com a maior panca, indo pra cima. Depois
tivemos o Túlio e Maycon esbanjando categoria em uma música mais no formato MPB
e outra mais Rock( segundo Alessandro me confidenciou, o Fator Alma está de
volta). Ai veio a apresentação de uma menina moreninha que eu vi ensaiando lá
em casa e que canta muito afinado. A apresentação foi correta.
Ela cantou afinado e tudo. Mas estava visivelmente tímida e contida no palco. Além
do mais, a guitarra ficou alta e deu uma eclipsada na voz dela. A
apresentação da banda Estorvo foi sensacional e surpreendente. Eu já
havia ouvido o ensaio da banda no Porão 71. Já havia sentido a evolução dos
músicos. O Vitor é criativo como guitarrista, tira uns sons bem diferentes. O
Ícaro é um baixista firme, uma pilastra, como um bom baixista tem de ser. Os
dois estão agulhados. O Batera é o britador da banda e tem uma variação sonora
interessante. Eu já havia ouvido lá em casa e pensado: essa banda tem uma coisa
diferente. Esse vocalista canta diferente. Pois é. Mas ao vivo foi ainda melhor. A performance do Leo vocalista,
sem medo do público, cantando com expressão e dramaticidade foi muito legal.
Quem tava comigo na hora era Lutécia , que também é fã da banda. Arrasaram.
Depois da apresentação do Estorvo, foi a vez de Tatty Coura se apresentar, mas
ela foi prejudicada por um detalhe. O piano ficou alto em grande parte da apresentação,
fazendo com que a voz dela sumisse. A mesa estava longe do palco e o pessoal do
som demorou a perceber que volume estava no retorno e não no PA. Mas quando
conseguiu abaixar o som, grande parte da música já havia sido executada. De qualquer maneira, valeu. Parabéns à Luciene e ao pessoal da prefeitura pela revolução cultural que está promovendo na cidade. Um belo começo e que tenhamos a nossa cultura cada vez mais valorizada.
Um comentário:
Olá Marcos Martino! Clara Rezende é sim o nome artístico de Anna Clara Barros Rezende, mas ainda não firmamos. Também pensamos em Clara Carvalho. Mas aceitamos sugestões. Obrigada por sua avaliação positiva com relação à apresentação dela. Agora vamos trabalhar sua " presença de palco " através de aulas de teatro. Obrigada pela dica e por acreditar em seu talento.
Postar um comentário